quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

O aquecimento é fundamental!

  1. Deve ser feito todos os dias. Mais vale cantar cinco minutos após um bom aquecimento vocal do que meia hora a cantar sem aquecimento;
  2. É bom para todos os géneros musicais (erudita, pop, gospel...).
Peço-vos regularmente que estudem diariamente, mas devem fazê-lo após aquecimento vocal, claro! Queremos vozes saudáveis, de confiança e com mais qualidade. 

Deixo-vos algumas sugestões para quando estão em casa...
  1. Começar por descontrair todo o corpo. Apesar de as cordas vocais estarem localizadas numa pequena parte do corpo, se este não estiver descontraído e aquecido, dificultará a emissão de som de qualidade;
  2. Bocejar e espreguiçar algumas vezes;
  3. Tossir ligeiramente (não forçar nada), apenas sentindo o movimento diafragmático;
  4. Com a parte dos ombros e pescoço descontraído, inspirar e deixar sair o ar com os lábios vibrando (Brrrr...) [por vezes facilita colocar os dedos indicadores nas bochechas para ajudar a vibração labial]
  5. Continuar vibrando os lábios, mas mexendo o pescoço de forma descontraída;
  6. Começar a cantar, passando da voz de cabeça para a voz de peito, mas ainda com os lábios vibrando;
  7. Subir os ombros até às orelhas e largá-los rapidamente e descontraidamente procedendo ao exercício anterior, mas começando na voz de peito e terminando na voz de cabeça (sempre com os lábios vibrando);
  8. Fazer o mesmo exercício mas, enquanto subimos no som vamos flectindo os joelhos;
  9. Repetir, começando no agudo até ao grave, mas continuando a flectir os joelhos descontraidamente,
  10. Entoar um harpejo, sempre com a vibração dos lábios e sem forçar nada;
  11. Cantar até uma quinta por graus conjuntos (ascendente e descendente), sempre com a vibração labial; ir subindo por meios tons. É importante não forçar nada; só entoar na região que nos é favorável.
  12. Cada um dos exercícios referidos deve ser repetido algumas vezes.
No final, não deverão sentir dor, ardor, voz ressequida... Caso isso aconteça, forçaram ou não exercitaram a voz de forma descontraída. Cuidado!

E agora estão aptos a estudar as peças do coro!


Será que todos conhecem?

Haydn, Mozart, Beethoven e tantos outros são, muitas vezes, até oferecidos com as revistas e os jornais. Toda a gente os conhece; toda a gente já ouviu das suas obras. Será mesmo assim? 

É certo que há obras muito conhecidas, muitas vezes cantadas por todos os coros e orfeões. Mas e os meus alunos? Os meus jovens alunos? Será que as conhecem? Mesmo que as tenham ouvido, não lhes devo a hipótese de as estudarem em pormenor? Porquê estudar apenas obras que ninguém conhece ou que são menos vezes trabalhadas? Não me posso esquecer que lecciono numa escola de ensino artístico especializado da música, onde é também suposto dar-lhes a conhecer as obras de arte mais famosas. 

Falo em Ave Verum de Mozart, Panis Angelicus de Franck, Aleluia de Haendel (entre muitas outras)... 

Hoje em dia, parece que todos fogem destas obras. São velhas, demasiado ouvidas, aborrecem... E viram-se para os musicais, muito mais apelativos e fáceis de oferecer aos jovens e aos seus pais. Sinceramente, começa a apetecer-me andar atrás no tempo... Ando com vontade de lhes mostrar (digo, trabalhar) Pergolesi, Fauré, Haydn, Bizet, Caccini, Monteverdi...


Podem chamar-me louca, mas se não formos nós professores de música a ensinar-lhes estas obras, como as conhecerão? Na televisão?!

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014