domingo, 13 de janeiro de 2013

Crowdfunding, um exercício de cidadania

Mais do que uma alternativa aos sistemas convencionais de financiamento, o crowdfunding é para mim um exercício de escolha e uma oportunidade de participação – para os promotores e para os apoiantes. Todos temos a opção de ficar quietos no nosso canto. Mas também podemos "sair à rua" e exercer o nosso direito (ou dever) de sermos membros activos da sociedade em que nos inserimos. (Sou apenas uma pequena formiga, mas gostava de partilhar esta perspectiva de alguém que usa este modelo na qualidade de apoiante e promotora.) 

Quem lança um projecto numa plataforma de crowdfunding, aceita: sair da zona de conforto; expor-se ao escrutínio público; submeter-se à aprovação de uma massa anónima; e prestar contas regularmente à família e aos amigos (para além dos desconhecidos). Está a ser proactivo(a) e a dizer a todo o mundo: EU CONSIGO. Em troca, “arrisca-se” a concretizar o objectivo a que se propôs, com a força acrescida de uma legião de apoiantes que o(a) incentivam a ir cada vez mais longe. 

Por sua vez, quem decide apoiar um projecto via crowdfunding está, implicitamente, a exercer o seu direito de escolha. Quando investe o seu próprio dinheiro na ideia de um amigo, familiar ou desconhecido, está a subscrever uma manifestação de apoio e a dizer a todo o mundo: EU ACREDITO EM TI. Mas mais do que isso... ao contribuir para um projecto, está a praticar um acto de cidadania participativa, ajudando a que outro membro da sociedade concretize um projecto (um disco, um livro, um software...) que contribui para o desenvolvimento – económico, social ou cultural – de todo o grupo. E o contributo de um pequeno peixe tem a mesma importância que um grande tubarão – porque o aquário só fica cheio se todos participarem. 

Pelo meio há umas recompensas que os promotores oferecem aos apoiantes, mas acredito que não seja esse o factor principal que leva alguém a contribuir. Por tudo isto, o modelo do crowdfunding inspira-me. Faz-me acreditar que, quando nos juntamos todos (as redes sociais ajudam...), ninguém nos pára. 

(encontrado aqui)

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